quinta-feira, 29 de outubro de 2009

As cidades (asturianas) também valem





-->

O norte da Europa fez-nos interromper o relato das férias de Verão nas Astúrias, mas não nos fez esquecê-las…
Nem só de campo, terra, ar e água vive o homem. No que concerne aos elementos, quando se viaja há que também desfrutar do ar cosmopolita das cidades.
Astúrias também as tem, umas mais pacatas, outras já mais modernizadas e com ambiências mais “euro-cosmopolitas”.
Cangas de Onis, outrora capital do reino das Astúrias, agora centro de “peregrinação” para os quatro pontos cardeais das Astúrias, é uma cidade pequena, aprazível para um bom descanso de fim-de-tarde, com o seu rio rasteirinho, a igreja guardada pelo olhar vigilante de Pelágio, a ponte romana a apontar para o céu tantas vezes nublado e ainda a capela de Santa Cruz.
De mãos dadas com a História, de modo harmonioso, as lojas de recuerdos e as tabernas e restaurantes onde a Sidra e carnes (fabada asturiana e escalopes com molho de cabrales!!!) apelam ao paladar.
De lá partimos e para lá voltámos algumas vezes…




-->
Oviedo é outra cidade a visitar. Oviedo, a capital das Astúrias. Sem ideias e pistas, estacionámos perto do Hospital e até ao centro foram bem mais de 2 km por largas e modernas avenidas. Até aí nada de novo.
Felizmente que o centro histórico não desiludiu.
O sol ia dourando as praças e os testemunhos históricos do passado: Igreja de San Rafael e a catedral de ar altivo e gótico foram as eleitas.


Oviedo, num gótico flamejante



Oviedo

Oviedo, pormenor acutilante



o cantar alegre das cores espanholas






e das flores





-->
Não nos demorámos muito, é certo, a demora guardámo-la para uma cidade menos do interior e mais bafejada pela brisa marinha: Gíjon.
Gíjon é iluminada por outra luz e um outro modo de viver o dia. Num canto, formando uma espécie de península, a parte antiga, com a sua animada Plaza Mayor e praças quentes de bares e tapas, e, ao alto, o “Horizonte” donde o olhar se espraia até ao infinito. Do lado Poniente, um amplo Paseo marítimo entre a praia e os testemunhos da actualidade: Aquário, Museu Ferrocarril, e a Talasopool, um centro de talasoterapia e piscinas com um new look totalmente cosmopolita, a pedir uma visita.




trajes típicos na grande cidade


Gíjon e o mar zangado



O "Horizonte"

-->
Do lado oposto, mais praias e um animado Paseo marítimo, no qual apetece andar ou pedalar. Fomos mais longe e optámos por pedalar de uma ponta à outra, com uma paragem mais demorada na relva do Horizonte.
Ainda do lado oeste, fica o espaço da Feira de Muestras desta vez encostado a um visitante aclamado por todo o mundo: Le Cirque du Soleil. Infelizmente os cordões à bolsa não se puderam abrir até tanto e ficámo-nos pelos passeios ensolarados da cidade fervilhante de gente.




Pedalando, pedalando...


Muito Paseo para pedalar

Lá longe...


eles partem... e às vezes não voltam




-->
Mesmo sem as águas da Talasoponiente e sem as acrobacias do Soleil, cumpriram-se os quatro elementos.
Estacionamento:
. Gíjon, Parking de Poniente, misto, mas com muitas AC (N 43º 32’ 17’’ W5º 40’ 43’’), frente à Polícia, a 20 minutos do centro.
. Oviedo (rua perto do Hospital), a 2 Km do centro.
Pernoita:
. Gíjon, Parking del Rinconín (N 43º 32’ 51’’ W 5º 38’ 11’’) numa zona residencial sossegada e agradável. O Parque é misto, mas estava repleto de AC. Aparência de camping. W.C com moeda. Parque e baía de San Lorenzo em frente, zona muito bonita para contemplar, passear, pedalar…





e a baía ao fundo.

domingo, 25 de outubro de 2009

No reino da Dinamarca entre Vikings de tangas


Epílogo
Afinal o sol resolveu brindar-nos com o seu sorriso. Seria má sorte ter ido tão longe e ver só o lado outonal (que era mais invernoso que de outono) de Copenhaga.
Da janela do quarto do hostel, o ceú matinal era já azul
A última manhã, solarenga e azul, tinha portanto de ser aproveitada ao máximo.

Alguns pais & filhos regressaram a Portugal de madrugada, coitados. Não puderam calcorrear a simpática Copenhaga, naquela belíssima manhã do 5 de Outubro, feriado em Portugal, ali nem por isso.

No Tivoli, entre a Estação de comboios e a City Hall, tudo se preparava para o Halloween
Os que ficaram - e ainda eram alguns – lá deram corda aos sapatos para se poderem deliciar com as vistas. Às 9.00 (depois da odisseia de literalmente arrastar dúzias de malas até à estação e fechá-las a “7 chaves “ em cacifos de moedas – que saudades da casinha onde as malas e hotéis são léxico desconhecido…), já fazíamos fila a partir da City Hall, quais chineses guiados por uma mulher-sombrinha.


O grupo preparando-se para o passeio matinal




City Hall, já sem palco

Apesar da informação de que a Pequena Sereia estaria no Oriente, decidimo-nos ir até ao sítio, mais que não fosse porque o percurso seria certamente interessante (como os Vagabundos, e com razão, nos sugeriram).



Sol pelo caminho

Pudemos revisitar Nyhavn, desta vez à luz do dia e com sol!!! A perspectiva é realmente outra, as câmaras fotográficas puderam exaltar alegremente o cenário colorido!
Assim sim, embora longe dos 20 e tal graus e de um porto repleto de animação, já dava, pelo menos, para imaginar…





Nyhavn com sol!!!!!!!!!!!!!



Será que no Verão há aqui teatro?



Dali à Pequena Sereia (Den Lille Havfrue), percorrendo a linha do grande canal, a paisagem é ampla e plena de luz.
Espaço, água,


a Ópera,
o céu amplo e azul…os barcos…




A meio do percurso, alguns barcos a serem retocados, são as casas envernizadas dos danes, ao sabor do solzinho de Outono. Cuidado com as quedas!!!


(reparem no homem pendurado!!!)

De vez em quando, ensimesmada com o raio do mapa, (eu) lá interrogava algum dane, um deles dizia que não, dali à sereia era melhor ir de autocarro, muito longe a pé!...
Encurtando caminho pela praça de Amalianborg, ainda houve a possibilidade de contemplar os paços reais e alguns guardas. Só para nos compenetrarmos que afinal visitávamos uma monarquia.



A casa-real da monarquia

E depois não era longe. Bastava pôr os olhos nos muros altaneiros do Kastellet, contorná-lo e ir seguindo o canal.


o grupo




Quase perto da pequena sereia...

Lá estava ela afinal.



Qual China, qual Japão… se foi, já chegou, ainda bem, parecia mal ir vir à Dinamarca e não ver o seu cartão de visita número 1. E não é que é mesmo Lille (petite, little!...)… mas graciosa e fotogénica.
Os barcos passam (pena não haver tempo para o passeio no canal), as máquinas clicam ininterruptamente, de longe, de perto…valeu a pena o caminho, valeu a pena levantar cedo.


E afinal ainda tínhamos tempo. Já agora entramos no Kastellet e saímos do outro lado da fortaleza.





pormenor de Kastellet


As pás que espreitavam...




O percurso foi de uma hora (ida), em Copenhaga nada é longe, as ruas e avenidas são planas, houvesse mais tempo e outros percursos se fariam amenamente.

Dali só houve tempo para uns souvenirs na Stroget e afins, um lanche rápido antes do stress das malas, do comboio, da ida para o aeroporto, do avião e …adeus , Dinamarca, até à próxima.
Partimos com a bagagem mais pesada, com mais prendas, e até taças de “ouro” … mas para além desses, trouxemos outra bagagem: os olhos e a imaginação carregados de imagens,de pensamentos, sensações…com vontade de repetir, por outras estradas…com as bicicletas atreladas para podermos sentir como eles, os danes das bicicletas.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Fabada (feijoada) Astur-alentejana


O prometido é devido (http://viajantedecasaascostas.blogspot.com/2009/09/mercados-e-mercaus.htm)

e, como tal, aqui vai a receita original de fabada (feijoada) astur-alentejana:

1 kg fabada asturiana

½ kilo entremeada

Um pedaço de bacon

100 g. toucinho alentejano salgado

Chouriço ibérico

Chouriço preto asturiano

Farinheira alentejana

2 cebolas

3 cenouras

4 alhos

Salsa

Azeite e banha

1 colher de sopa de açafrão

Cozer em água e sal a fabada (depois de demolhada durante mais de 12 horas), juntamente com a entremeada. A meio desta cozedura, juntar as restantes carnes e cenouras. Já quase no final da cozedura, acrescentar uma colher de sopa de açafrão.

Fazer um refogado com o alho, cebola, salsa, banha e azeite. Depois das carnes cozidas, retirar os enchidos para um prato e cortá-los aos pedaços, assim como as cenouras. Envolver a carne e feijões com o refogado.

À parte fazer um arroz solto, como acompanhamento.

Servir e acompanhar com um bom vinho tinto alentejano.

Nota: os feijões devem sofrer uma cozedura superior a uma hora!...







Bom apetite!