sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Outra “cosa” , ou outra “nostra”, depressa!




Ainda bem que vivemos num Estado de direito, em plena e franca democracia.

É por assim vivermos que é possível o franco e ameno convívio entre republicanos, carbonários, comunistas e simpatizantes de esquerda sem filiação definitiva – amigos dos 110 anos de uma Sociedade Operária -, num espaço com decoração fascizante, certamente que reflexo das ideias de quem o habita e ergueu.




Provavelmente, num Portugal aberto, num Portugal filho da revolução pacífica das flores, num Alentejo apesar de tudo pacato, numa Évora tradicional, todos convivem e coabitam sem discórdias de maior.

Mas, convenhamos: até posso conviver amenamente, até posso tolerar A, B, ou C, mas , quando os hippies são convidados a sair, começo a ter dúvidas;




quando o Ultramar me saúda, já me coço;



e quando finalmente o Salazar me sorri lá da parede dos fundos, o caldo começa a entornar-se...






Vivamos pois em democracia, mas o meu direito de expressão e o meu direito de escolha levam-me a dizer “não” e a escolher , de futuro, outra “cosa”, ou especificando, outro restaurante ao qual possa chamar de meu ou “nostro/a”. (Claro, isto é conversa mole de alentejano pacífico, mas também é afronta, afinal sou eu que pago...

Claro que ninguém me obriga a lá ir. Mas, eu tenho o direito de poder e querer entrar. Tenho o direito e dever de achar que é uma afronta ao Portugal Democrático. E não, o estabelecimento não tem o direito de expôr tais atrocidades. Não o permite a Constituição.

Sim tenho o direito de poder reclamar, no livro respectivo se tal me der na gana...

Não, não me apetece ter tal trabalho.

Digo, portanto, “Não” a tal “Cosa”!





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