sábado, 30 de abril de 2011

Cidade iluminista

Com sol, Vila Real de Sto António, dantes vila agora cidade, também é uma luz boa para fotografar e Estar. A “cidade do Iluminismo”, dizem as vozes publicitárias do Turismo português. E é verdade, a baixa pombalina do sul não envergonha a da capital do reino. O traçado geométrico, alinhado, limpo... a luz bem mais forte e viva que em Lisboa. E, neste mês de Abril, é ainda animada e entrecortada por outras cores, como estas:
Tropical, Herminia Diaz
E ainda o rio Guadiana a desaguar no mar... com terras de nuestros hermanos mesmo do outro lado , da outra margem.
As AC páram perto do centro, discretamente e aos magotes, olhando o ferry deslizando, sem incomodar os nativos.
Pasma-se bem por ali.


quarta-feira, 27 de abril de 2011

Início da época balnear


Veio o sol... partiu o sol...regressou o sol.
Foi assim antes da Páscoa, no durante e agora, no depois.
O primeiro dia foi assim:
Uma praia paradisíaca, no meio de um verde animado por sons de pássaros e pelo silêncio quente do Alentejo. Parecia Verão...
Sim, era mesmo uma praia, fluvial é certo, na “Tapada Grande", algures no Alentejo profundo, a 13 Km de uma das vilas mais quentes de Portugal, Mértola. O sítio da praia e do silêncio e do verde e das águas tépidas com lama deslizante por baixo dos pés: era a barragem da Tapada Grande , ali longe , aqui tão perto, nas antigas minas de S. Domingos.
As autocaravanas são uma praga que estaciona, pernoita, acampa, contemplando as águas paradas. Os ingleses também, deve ser do hábito dos tempos por estas bandas. Digo “praga” mas eu fiz o mesmo, e as forças de autoridade e turismo local apreciam. Parece que no mês de Agosto, nem por isso; os ingleses terão de regressar a casa.
Enquanto é tempo, aproveitem! Eu por mim repetirei em breve, novamente...



terça-feira, 26 de abril de 2011

Últimas recordações de França

Passou o Carnaval e pouco escrevi, já passou a Páscoa e nem uma linha; primeiro tenho ainda de dedicar-me às últimas recordações das férias de Verão de 2010.
Ao atravessar França, vindos da Ligúria e após o Mónaco, várias possibilidades se oferecem. Naquele dia de Agosto, em Provence, apeteceu-nos Arles . Hoje, dela (Provence) apenas guardo para vos oferecer a tonalidade que romântica e nostalgicamente vamos colocando nos nossos móveis da cozinha...
Bem, Arles, para quem desconhece, é uma das cidadezinhas apetecida por um célebre pintor, Van Gogh. Infelizmente, foi a caminho de Arles que nos sucedeu a 2ª desgraça das férias ( a 1ª já foi relatada em espaço imperial alemão). A 30 km da cidadezinha azul-violeta, a Casinha resolveu pregar-nos a partida de ficar sem mudança, a quinta, o que nos fez, a partir daí, fazer toda a viagem de regresso em quarta, sem ultrapassarmos os 100 km/hora. Uma experiência inédita e inolvidável.
Ultrapassado este parêntesis pouco simpático, entremos em Arles. Uma cidade “sympas” a sério, com as cores da Provence nas suas venezianas e portadas e até no colorido do ambiente. Ponto de paragem dos romanos, Arles (Arelate do império romano)ainda ergue com orgulho o seu Teatro e arena romanos, o seu Forum, um obelisco (não do Obélix!)e certamente mais vestígios escondidos, debaixo da calçada, como a nossa Liberalitas Julia (Ébora). No centro da vila, o “hospício” onde Van Gogh esteve internado, está agora transformado num espaço comercial, com o seu jardim florido e alilasado de alfazema. Falta aqui o cheiro, mas com um esforço, tal como as imagens imaginadas e recordadas, ainda se sente.
Ao longo das ruas, muitos turistas e animação de rua por artistas-saltimbancos, alegrando o espaço com música alegre e divertida.
A área AC fica ao lado do canal e da muralha, a estadia é grátis e tem um largo terreiro onde se joga a tradicional petanca. “Em Roma sê romano”, portanto nós fomo-lo com as bolas pesadas. O canal (que se liga ao Mediterrâneo) é o ponto de embarque de múltiplos cruzeiros, plenos de turistas vindos da Ásia , das Américas, por aí fora...
Não admira que o expressionista dos girassois por lá se encantasse. Nós também, só que sem tela e sem câmara para reter imagens.