domingo, 25 de março de 2012

O triângulo estremenho III (ainda carnaval 2012)

Cáceres: O bico do triângulo se o fecharmos regressando a Badajoz, terra das cegonhas.


De carnaval nem sombras. Ao que parece uma festa tradicional , à qual muito gostaríamos de ir, caso Passos Manuel nos concedesse a 5ª anterior à 3ª gorda. A festa intitula-se “Las lavanderas” e não tivemos, pois, o prazer de a desfrutar nem de perceber o que lavam ou em que águas lavavam.
Ficámo-nos pois pela Cáceres real, monumental; na realidade, um museu heráldico ao vivo.
Apesar de os romanos e os árabes também por aqui terem criado e respirado, todos esses vestígios parecem ter sido tapados por testemunhos mais renascentistas
O chamado casco antigo, com a entrada principal pelo Arco de la Estrella , é regresso ao passado por entre uma Concatedral (a de Santa Maria ) singular, múltiplos palácios brasonados, torres e igrejas,  largos e ruelas misteriosas.
 
Arco de la Estrella: lado A e B



 Dois de múltiplos brasões...


Aconselhamos: a entrada na Concatedral e a subida à torre sineira . Para além de literalmente se poder tocar nos sinos, a vista dos telhados e do mar de granito é grandiosa. E das cegonhas, ex-libris da cidade. É também um mergulho no espaço a evocar … Toscana? Granada? Tempos e espaços em voos rasantes de cegonhas seculares…


 Interior da Concatedral: teto e retábulo




 Sinos e vistas do terraço



Mas Cáceres não é só passado. Mesmo ali ao lado da Plaza Mayor, a vida frenética e consumista espreita, num centro comercial ao ar livre com os nomes vulgares da moda, até uma zona mais moderna (avenida San Pedro) por onde, a partir da hora da siesta, os cacerenses acorrem como formigas.
Para amantes de viagens em rodas Cáceres é igualmente um reino de eleição. Estacione e pernoite com água,  despejos e luz (!), grátis, em N 39º 28’ 52’’  W -6º 22’ 2’’.
Uma área sossegada a 10 minutos a pé da Plaza Mayor e ao lado do Albergue Municipal.

sábado, 3 de março de 2012

O triângulo estremenho II


Paragem II: Mérida.

É certo que enganados pelo cartaz e publicidade. Estes anunciavam “desfile romano”! Mero engodo de uma cidade que anualmente e,  para todo o sempre,  parou na era romana. Basta olhar apara a toponímia dos lugares, das "tiendas", das ruas, da toponímia da toponímia numerada em algarismos romanos ou arabescos estilizados.


Romanos?


Fora a feira medieval de artesanato, burras andantes, churrascos ao ar livre (afinal a cidade é um ex-libris do Império romano ou da Idade Média?)e artesanato; 


  



fora o desfile de guerreiros exóticos e meio-asiáticos, de romanos… nem sombra.  




Valeu-nos o sol e o ar de férias a banhar a Praça de Espanha… e as cegonhas.

Estacionamento e pernoita:
N 38º 55´9,4´´  W 6º 24´14.7´´