quarta-feira, 3 de abril de 2013

Pasai Donibane,




em basco, porque em castelhano a toponímia significa Pasajes de S. Juan. “Pasages”  no sentido de portagem ou de boca estreita que liga o porto  até ao mar.
Onde fica? Nos subúrbios de Donostia /San Sebastian e chega-se lá da maneira mais tradicional – apanhando uma barca que fará a passagem de S. Pedro para S. Juan (Donibane), mediante óbolo ao barqueiro, ou então pela estrada de carro ( no caso, de  autocaravana) e estaciona-se em parque de estacionamento uns metros antes do “pueblo”. E… depois de lá se chegar, para-se literalmente o relógio do tempo e “se queda” a olhar, pasmados. 


O “pueblo”  sempre foi porto piscatório, de tal modo parado no tempo e enraizado na paisagem marítima que até foi escolha de nomes famosos como Vitor Hugo que por ela optou para descansar, escrever, mirar.  Mirava , de um pequeno balcão de madeira, a vinda e ida das embarcações e quiçá mergulhava na pequena praia de águas límpidas e seixos enormes.



A casa ainda lá está, hoje, transformada em pequeno museu visitável, testemunho de uma vida que se imagina austera, mas confortável; simples e natural.



Para além desta simples atração, há ainda uma estreita rua que leva à praça.


As ruas de Donibane são apenas uma rua, de pedra, que sobe, baixa e cruza vários túneis, basicamente fechada ao tráfego (enfim, um carro circulará num só sentido,  com a ajuda de um semáforo reduzido  e de uns sinais de trânsito sui generis).


Dela se chega à praça do pequeno pueblo que encanta pelo colorido das roupas a secar ao vento , da melodia basca a salgar as águas, do cheiro do pescado a cativar o paladar.










Sempre acompanhando a foz do rio até a uma praiazinha, um caminho pedonal singelo , castiço e natural, vai acompanhando a ria até que esta desemboca no mar, no sopé do famoso monte Jaizkibel.  Aí é o verde da vegetação de mãos dadas com o verde-azulado das águas, perfeita sintonia e sinfonia…







Decididamente é  mesmo uma “passaje”… para outra margem.