quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Florença… again



Dia 12

No dia a dia (a bem dizer 11 meses no ano), se algo corre mal, parece que não estranhamos , a vida é assim, feita de imperfeições, pensamos. Contudo, nas férias, qualquer contratempo ou contrariedade atinge logo grandes proporções, isto porque, as férias, esses dias que se contam pelos dedos e passam a voar, queremos sempre que sejam perfeitas.
Neste nosso dia 12 a perfeição estava longe de ser atingida, apesar de no fim concluirmos (já depois da tempestade) que “há males que vêm por bem”.
Logo ao acordar constatámos que um dos pneus estava vazio e como já não era a 1ª vez, tratámos de resolver o assunto. Na bomba de gasolina em Greve in Chianti indicaram-nos um gommista (oficina de pneus) e lá começou a nossa saga “da borracha”. Não chegava já? Já havíamos passado pela saga do aquecimento do motor…
O primeiro disse que naquele dia não tinha tempo. Indicou-nos outro, noutra povoação. As dificuldades no italiano deixaram algumas dúvidas mas lá demos com o segundo numa outra povoação de Chianti a meio caminho de Florença. Este foi mais diligente. Tirado e observado o pneu , veio o diagnóstico: um furo na jante, no cerchio! Dois italianos, com um ar circunspeto que nos alarmou, e numa língua cerrada e incompreensível , comentavam a coisa abanando a cabeça. Deduzimos que o caso era grave ???!!!! Depois de muita análise (nossa)  da expressão facial e gestos deles, lá entendemos que ali não podiam soldar o pneu e teríamos de continuar a demanda, se queríamos ter pneu suplente para uma eventualidade. Desta vez apontaram para um gommista em Florença e lá achámos a rua no GPS .
Em Florença conseguimos concluir o episódio: deixámos o pneu que estaria soldada às cinco da tarde e esperámos. Claro que aqui o mal veio por bem, voltámos a visitar Florença , agora numa outra perspetiva. Conseguimos estacionar num parque próximo, por sinal com lugares e ponto de despejos para AC e ala que se faz tarde, vamos rever Florença. Desta vez estávamos do lado esquerdo  do Arno, numa das colinas de Florença, dali até à praça Miguel Ângelo ainda eram uns bons 15 minutos  a pé e a vista , desta vez do lado contrário, também era deslumbrante.

Contemplámos a praia dos fiorentinos e,  descendo a colina por um caminho em ziguezague, chegamos à beira rio. Já perto da ponte Vecchio,  voltámos a contemplar o intrigante corredor vasariano e  um campo de canoa polo. Da ponte Vecchio bisámos o palácio Pitti e dali só tivemos tempo de ir até à muralha onde a porta romana gigante, aberta de par em par, fecha um dos limites da cidade.





Fecha-te porta, até sempre!

 “Há males que vêm por bem”, pensámos depois de já rodarmos na estrada com pneus intactos a caminho de Veneza. Os quilómetros ainda eram muitos até lá, para pernoitar experimentámos Bolonha, mas a o GPS resolveu meter água e ainda fomos mais para a frente, parando finalmente em Ferrara. Seria uma alegre surpresa , mas isso fica para o dia seguinte…

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