Caros autocaravanistas,
Já vos aconteceu sair na vossa AC
para um sítio perto de casa e ficar fora apenas uma noite?
Às vezes é quanto basta para
refrescar as ideias e recarregar baterias, uma expressão parva , mas que todos
usamos.
Às vezes até já me aconteceu –
respondo eu à falta da vossa resposta – ficar quase ao lado de casa, nem vos
conto …
Desta vez foram quase 90 km até
ali, no início do ribatejo, nas várzeas de lama e arroz, frente ao rio Sorraia,
terra das pontes coloridas, Coruche, pois então.
O rio é o suficiente para a
paisagem adquirir outra cor, outro cheiro ( e até paladar, que o diga a nossa
cadela que se atirou lá para dentro enquanto o diabo esfregou um olho).
A paisagem , graças à intervenção
ribeirinha foi requalificada, a “marginal” ao longo do rio tem gente a
caminhar, a correr, a pedalar, tem gente na água “canoando” … foi assim ontem a
meio da tarde enquanto o sol timidamente espreitava.
E hoje de manhã um “fishing”
com gente apetrechada até às orelhas de material piscatório. Na noite de ontem
os homens de Coruche discutiam pesca como quem discute futebol, à beira da tasca
chamada “A tasca”, onde a imperial imperava e estalava “estupidamente gelada”.
E o leitão à bairrada também estalava , levado para dentro da AC no conforto do
quentinho…
Hoje de manhã , dizia eu,
enquanto os homens pescavam , ficámo-nos pela rota pedonal: o percurso da Cegonha.
Não a vislumbrámos, mas enchemos o olho com o sol a aquecer-nos as costas e as
cores outonais a bater nos campos e nas águas.
E para dormir? Uma área de
serviço no campo da feira , com água , zona de despejos, tranquilidade e ao que
parece, internacionalmente conhecida: por belgas, franceses , ingleses e estes
portugueses que por lá ficaram… com uma diferença , nós regressámos 24 horas depois
a casa, eles, tenho a certeza que ainda lá continuam… júbilos de quem é “jubilado”.
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