domingo, 16 de novembro de 2014

Basta um rio para tudo mudar



Caros autocaravanistas,

Já vos aconteceu sair na vossa AC para um sítio perto de casa e ficar fora apenas uma noite?
Às vezes é quanto basta para refrescar as ideias e recarregar baterias, uma expressão parva , mas que todos usamos.
Às vezes até já me aconteceu – respondo eu à falta da vossa resposta – ficar quase ao lado de casa, nem vos conto …
Desta vez foram quase 90 km até ali, no início do ribatejo, nas várzeas de lama e arroz, frente ao rio Sorraia, terra das pontes coloridas, Coruche, pois então.
O rio é o suficiente para a paisagem adquirir outra cor, outro cheiro ( e até paladar, que o diga a nossa cadela que se atirou lá para dentro enquanto o diabo esfregou um olho).



A paisagem , graças à intervenção ribeirinha foi requalificada, a “marginal” ao longo do rio tem gente a caminhar, a correr, a pedalar, tem gente na água “canoando” … foi assim ontem a meio da tarde enquanto o sol timidamente espreitava.



E hoje de manhã um “fishing” com gente apetrechada até às orelhas de material piscatório. Na noite de ontem os homens de Coruche discutiam pesca como quem discute futebol, à beira da tasca chamada “A tasca”, onde a imperial imperava e estalava “estupidamente gelada”. E o leitão à bairrada também estalava , levado para dentro da AC no conforto do quentinho…
Hoje de manhã , dizia eu, enquanto os homens pescavam , ficámo-nos pela rota pedonal: o percurso da Cegonha. Não a vislumbrámos, mas enchemos o olho com o sol a aquecer-nos as costas e as cores outonais a bater nos campos e nas águas.





E para dormir? Uma área de serviço no campo da feira , com água , zona de despejos, tranquilidade e ao que parece, internacionalmente conhecida: por belgas, franceses , ingleses e estes portugueses que por lá ficaram… com uma diferença , nós regressámos 24 horas depois a casa, eles, tenho a certeza que ainda lá continuam… júbilos de quem é “jubilado”.

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