domingo, 9 de novembro de 2014

Finalmente Croácia!!!


Dia 18


Tantos quilómetros para chegarmos à Croácia e, repentinamente, num abrir e fechar de olhos, passa-se a Eslovénia e já lá estamos. Os campos não assinalaram diferença, nem as estradas, nem a língua, nem os sinais de trânsito.
Só notámos no pagamento da autoestrada (porque na Eslovénia um selo chega para andar à vontade por todas as autoestradas e na Croácia o pagamento é como em Portugal, com a agravante de ainda não termos kunas, aceitarem euros para depois ficarem com o troco…).

Zagreb era ponto de passagem e,  como capital do país e porque somos curiosos, merecia uma visita. De poucas horas, pois o GPS e as vicissitudes não nos permitiram mais tempo. Em primeiro lugar o GPS não estava ainda configurado para o novo país (esquecimento nosso) e demorámos a encontrar o Autocamping Plitvice ( este conceito de autocamp é algo croata, cuja indicação já trazíamos de casa e que se veio a concretizar ao longo da viagem. São campings mais baratos do que os outros que possuem estrelas. Alguns num estilo bem familiar numa quinta ou terreno privado. Ao longo da viagem desenvolverei o assunto). Este, na periferia de Zagreb, era em tudo um camping com wc e as comodidades higiénicas habituais e ainda um motel ( N 45´46 25  E 15 52 40). Ficava longe da primeira paragem de autocarro para o centro e, vicissitude nº 2, naquele dia era feriado, pelo que tivemos de andar a pé até à localidade mais próxima ( Locko) porque nem todos os autocarros circulavam.

 Antes, porém, de chegarmos ao camping, ainda experimentámos estacionar mais perto do centro e, de facto, as ruas estavam desertas, pelo que desconfiámos logo que seria dia santo ( era Dia da ação de graças, 5 de agosto), mas sem termos a certeza de segurança, optámos pelo camping, até porque para pernoitar não seria muito indicado fazê-lo num quarteirão qualquer do centro da capital.


O sistema de transportes em Zagreb é variado, prático e moderno: autocarros até à central vindos dos bairros e lugarejos periféricos e, já no centro, um comboio ou metro à superfície. No entanto  devido a ser feriado e a uma obra no centro da cidade, tivemos de mudar em várias linhas , tirar dúvidas ( logo ali nos demos conta que falar em inglês nem sempre resulta porque só alguns o fazem; nem todos os jovens , por exemplo, sabiam falar inglês…), pelo que , chegámos ao centro perto das 16.30.

Logo à entrada sobressaem os grandes e numerosos museus que proliferam na capital croata. Tudo encerrado. Com o par de horas que tínhamos pela frente também não podia era o dia propício. Ficámo-nos pois pelo centro , andando um pouco às cegas, sem guia oral ou escrito, seguindo as setas e a intuição. 



A primeira grande praça (Tag) e o ponto de encontro da cidade é a Bana Jelaica. Sem especial beleza, alberga uma mistura arquitetónica de edifícios e uma estátua de imperador ao centro.

 Praça Bana Jelaica


Dela parte-se para a procura da catedral, visível ao longe devido às suas duas magníficas torres brancas e pontiagudas. É a catedral de Santo Estevão no seio de um largo simpático e sossegado. Estávamos na chamada Donji Garda, ou seja, a parte baixa da cidade.



Foi aí que, mesmo sem guia, depressa nos encontrámos na rua mais caraterística, simpática e animada da cidade: a Tkalciceva, a rua dos bares, esplanadas, lojas de artesanato e galerias. Antes disso, ainda o teatro, em cartaz o velho e polémico Brecht (ainda vozes comunistas ? ) ; num recanto de uma rua estreita, o bar Tolkien. Foi, no entanto, na rua dos bares que assentámos praça para travar conhecimento com as pivo croatas (cerveja!!!) e o milho assado e crocante…
















 Começando a subir, depois de passarmos por S. Jorge e o dragão, (uma subida pacífica) fica a Gornji Grad, a cidade alta. Entre uma e outra, resta ainda a porta de Pedra, centro de peregrinação sagrado, onde se encontra um altar, assim quase no meio da rua, estranho e silencioso. A reverência ao local era grave, só mais tarde soubemos que a imagem da Virgem que ali se encontrava surgiu como que por milagre depois de toda a cidade ter sido basicamente consumida por um incêndio no séc. XVIII.




A partir dali estamos na parte medieval da cidade, na qual se destaca a igreja de S. Marcos, ícone da cidade devido ao telhado invulgar e colorido da mesma. No seu centro, o brasão de armas da Croácia. A paisagem lá em baixo, vista de alguns terraços é fotogénica, o jardim que liga a parte alta à baixa tinha o seu ar natalício, o que em pleno agosto não deixava de ser curioso.



Chegamos depois, já em baixo, à rua das montas, a Ilica, igual ou idêntica a muitas outras cidades europeias, fechadas ao comércio naquele dia e uma ou outra praça com turistas, consumindo.
Afinal, o par de horas de que dispúnhamos parece que foi suficiente; uma visita relâmpago a uma cidade que não é fascinante, mas ainda assim com algum encanto. Provavelmente porque o ambiente naquele dia também seria demasiado pacato …




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