14 de agosto
Lamento informar mas decidimos não
continuar a explorar a Croácia.
Durante a noite caiu uma forte
tempestade, de manhã a bonança espalhava-se pelo céu e mar em tons de cinzento.
Às vezes choviam relâmpagos dentro do manto azul turquesa, linhas elétricas ligavam
o céu ao mar.
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que vissemos, tudo nos parecia idílico mas em simultâneo monotonamente idêntico.
Nova meta: Itália, provavelmente
Vicenza.
E assim foi , perto das 18.00,
solo italiano numa pequena cidade do Veneto: Vicenza, com uma área de serviço
banal às portas do centro , mas com “navette” (miniautocarro) gratuita.
( N 45.54282 E 11. 55821).
Chegámos ao centro depois das
18.00 , por isso já não conseguimos ver o belíssimo Teatro Olímpico. Tal como
quase tudo nesta cidade , a obra é de Palladio. Não conseguimos ver o interior,
ao que parece um teatro de madeira e estuque a imitar os teatros da
Antiguidade. Do outro lado dos portões fechados, uma linda colunata e estátuas
no jardim.
Dali passámos ruo à praça principal,
Piazza del Signori, e demo-nos conta do típico prato vicentino, o “baccala alla
vicentina”, num pronto a comer, seria esse o nosso jantar. ..
A praça , dizia o Michelin, seria
“igual à praça de S. Marcos”. Discordámos, apesar de também ter uma coluna com
leão, uma torre enorme e uma bela
basílica. Tudo em ponto mais pequeno , e ainda sem a amálgama de turistas e
asiáticos e pombos e sombrinhas de Veneza… Não é que sentíssemos falta da
amálgama, mas a comparação do Michelin era ligeiramente hiperbólica.
No centro vários palazzos interessantes, , tudo muito palatino, a própria rua central se intitulava
Corso Andrea Palladio.
No entanto, tudo com pouco movimento, lojas a fechar cedo,
nada comparado com os horários croatas. Ou estariam os italianos todos a passar
férias na Croácia ?
No regresso o pronto a comer
estava fechado e lá se foram as esperanças de honrar o palato com a gastronomia
local. Regresso a casa na navette e
noite descansada na área grátis.
Não há , pois, semelhanças com a
Croácia… mesmo ali ao lado.
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