Ainda 17 de agosto…
O tema Vauban * continuou
pela manhã e tarde fora.
Depois de Briançon aguardava-nos MontDauphin. Contrariamente ao
primeiro, o seu forte não é a velha ou a nova cidade, é “o” forte, mais um dos
doze classificados como Património Mundial da Unesco.
Situa-se numa alta montanha
a qual olha, lá para o fundo, bem ao fundo, o cruzamento dos rios Durance e
Guil e, lá para o cimo, montanhas e montanhas e estações de esqui.
No cimo
dessa montanha privilegiada ergue-se o forte, construção de 1693, cujo nome
homenageia o “Grand Dauphin”, Luís de França. Lá dentro das suas espessas
paredes, as casernas dos soldados de Luís XIV, o arsenal , os bunkers. Não há som, mas imaginam-se os
ecos de vozes masculinas e o estrépito das armas e cavalos.
Descemos, rumo ao mar,
sabendo que ainda faltam muitos quilómetros. O verde cerca-nos , não tão
gritante como o verde suíço, mas ainda assim, no nosso imaginário, aquilo podia
ser a Suíça. Até que, de repente, a estrada oferece-nos nova sinalética a
apontar para lago e área de autocaravanas. Maravilhas e privilégios de se andar
com a casa às costas, nem pensamos duas
vezes, não há hora nem hotel marcado, é já ali, o mar que espere. No
entanto, espanto dos espantos, mesmo em plenos Alpes há praias, eis que a água
e as velas de surf enchem a vista, o
local chama-se mesmo praia : “plage de Chanterenne”.
Borbulha de gente a
banhos, nos barcos, nas pranchas, ao sol, em piqueniques, é o lago de Serre - Ponçon. Ficamos, relaxamos,
imitamo-los. A praia fica ao lado de um camping
e também de uma área de serviço para autocaravanas , não há cá brigas como em Portugal
(N 6. 46108 W 44. 5379, preço 6 +2 €).
Luís XIV e Vauban passaram à
história, está-se bem na praia, a olhar os Alpes.
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