sábado, 19 de dezembro de 2015

4 de agosto, uma noite já próxima do Natal



Falei demasiado cedo. Ainda ontem o calor apertava e, hoje, que nos dirigíamos até às águas mansas de um lago, na expetativa de um mergulho, o céu cobriu-se de cinzento.
Já em território pertencente à Floresta Negra ( nome  que evoca as suas densas sombras de árvores cosidas entre si e a suas inúmeras lendas) , o grande lago intitula-se Titisee, ou Titi,  uma vez que “see” significa lago.  







À sua volta ergue-se um complexo turístico, com lojas de souvenirs para “inglês ver”, ditado mal aplicado porque imperavam os asiáticos, mais do que propriamente uma vila caraterística. A paisagem natural impõe-se, é verdade, o resto tem um ar artificial e de plástico, assim do género postais de neve e casinhas da Lego.
E afinal não me pareceu que o lago fosse dedicado a banhos, mesmo com sol, que não era o caso, não vi zona que se parecesse com praia. Muitas excursões em pequenas e grandes embarcações, muitas filas de asiáticos na procura do filão comercial, mormente relógios de marca, de cuco, evidentemente, (afinal é o reino deles),  e outras bugigangas de muitos euros.


Estacionámos num parque de autocarros que recebe AC. (N 47º 54´15´´ E 8º 09´23´´).
A tarde foi consagrada, por alguns, ao grande complexo de piscinas, Badeparadies Schwarwald, com   18 slides e um piscina de ondas, pela módica quantia de 15 € por pessoa. Está-se mesmo a ver quem ficou em casa e quem escorregou alegremente…
Dormir ao lado da grande piscina seria impensável, pelo que continuámos até Triberg. Chegada tardia ao local destinado a AC, com capacidade “esgotada”. Aliás, o local registado nos sites dedicados ao assunto era uma garagem onde havia dois lugares destinados para o efeito.N 48,13166, E 8,22877 ).  Talvez fosse um bom teto para quando a neve cai e o frio aperta, ali, engaiolados, não nos suscitou inspiração; o outro, a uns metros mais acima na mesma rua, era um parque de estacionamento misto num terreno algo íngreme. Conseguimos estacionar no parque de autocarros com dois lugares marcados pela sinalética para AC (“nur AC”), já lá estavam uns italianos ( N  48,13020, E 8,22881 "  ), gratuito.



Cobertos pelo manto escuro da noite, demos uma voltinha à vila (ela é pequena, só havia portanto a possibilidade do diminutivo). Na altura ocorreu-me que o Natal estaria para breve, não porque o frio estalasse, mas porque as luzes, os telhados, o arvoredo envolvente assim o sugeriam. 




Deitámo-nos cedo a sonhar com o pai natal , que chegaria ao toque de centenas de relógios de cuco.

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