segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Galiza – a mão de Deus , parte II


Os dedos de Deus , apesar de bem delineados, fizeram-me perder entre veias e vasos sanguíneos, levando-me a afirmar, erroneamente, que a praia de Vilarinho , em Aldán, se situava na ria de Vigo, metaforicamente , nestas crónicas, a de “Mindinho”. Na realidade , situa-se na ria de  Pontevedra, o “Anelar”, aquela para onde me dirijo agora.


Vilariño, Aldán


Seguindo a rota e não os dedos, é verdade que partimos de Aldán com destino a Sanxenxo, de facto no “Anelar”. Creio que pela terceira vez em vários anos, não conseguimos estacionar numa das mais badaladas da “Galazia”, Sanxenxo, a avaliar pelas filas e afluência de gentes. Desconheço se o seu centro é ou não interessante, a parte percorrida, dentro do veículo, só me evocou betão, comércio e semáforos. A parte natural são praias a perder de vista mas muito concorridas, logo, pouco apetecidas. 
Só no regresso, já vindos de Santiago, entrámos em Pontevedra, mas a sua narração, por pertencer a este dedo, fica já aqui.



Santiago de Compostela

Talvez porque Santiago me enche sempre a retina (uma das minhas cidades de eleição no cardápio europeu que conheço, não sendo elas tantas assim – as que conheço, entenda-se), Pontevedra ficou apenas debaixo de uma pestana.
É a capital das Rias Baixas, é elegante e senhorial, é tranquila e animada, mas… um  “mas” pequenino, porque este viajante pode incorrer em muitas injustiças influenciado por muitos fatores, inclusive por ter explorado mal o espaço, cidade e arredores. Às vezes é assim, pelo que só lhe resta repetir a dose em próximas oportunidades, não lhe hão de faltar, é perto e bom caminho.
Mas vamos, sem mais delongas, a Pontevedra.
Comecemos pela Igreja de San Bartolomeu, para depois entrar na primeira praça que nos acenou: a da Leña, logo seguida da Praça da Verdura, recheada de esplanadas e bares.




Boleia para a igreja de S. Bartolomeu?







 Aliás, as ruelas de bares são uma constante, deverão ser certamente animadas e barulhentas , não era o caso porque a hora ainda era a da siesta (por mais que tente, esqueço-me , na maioria das vezes, dos estranhos horários espanhóis, o que dá jeito, por exemplo, para ir à praia: antes das 11 horas qualquer praia está vazia!!!) . Muitas praças, para além das nomeadas; muitos cruzeiros; muitos balcões envidraçados e ferros entrelaçados e floridos; 



muitas igrejas imponentes, sendo a mais nobre a Basílica de Santa Maria, ocupada por mais um casamento. Haja felicidade e futuras e tenras gerações!






Antes da Alameda (passeio infelizmente repleto de “feira” móvel sonoramente poluente), ainda as ruínas de São Domingos, relíquia medieval, infelizmente incompleta, daí o nome.



Ruínas


Rodeando o casco antigo, alguns jardins que dizem ser frescos e agradáveis. Estes viajantes foram parcos na visita a espaços verdes e ficaram-se pelo Parque Rosalía de Castro,  à beira da Ponte de Santiago e do rio Lérez, onde se situa a mais recente área para autocaravanas.



Um parque sossegado e por enquanto ainda impecável e limpo ( a sua inauguração foi este verão), grátis, munido de 20 lugares e duas zonas de despejo. Nota estranha e novidade para estes viajantes: os cães só são permitidos se estiverem dentro dos veículos. Lamento informar mas com o calor que estava (32º) a nossa companheira de quatro patas esteve lá fora, nos limites da AC, apanhando o pouco fresco que corria. Preferiam que desidratasse de calor ou que a abandonasse no rio? (N  48º 26´ 00´´  W 8º 38 ´09´´).


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